sábado, 26 de junho de 2010

Vinte e Quatro - Desejo Oprimido

Alex tinha feito como o amigo sugerira: encheram a cara de vodka e vinho e acabou capotando no sofá da sala. E beberam muito! Alex tirou a roupa e dormiu apenas de cueca e um lençol que o amigo emprestara. Isso já era mais de uma da manhã e tinham que acordar cedo pra ir para o quartel. Alex mal teve tempo de tirar a roupa e se cobrir e já estava dormindo, graças às quantidades absurdas de álcool que tinha ingerido.

Rodrigo tinha dito que também iria dormir, mas ao ver o amigo semi-nu, praticamente desmaiado no seu sofá, não resistiu. Pegou mais uma latinha de cerveja na geladeira - mesmo sabendo que mais álcool só o faria mal - e se sentou na poltrona. Ligou a televisão quase sem volume nenhum. Se Alex acordasse, poderia dar a desculpa que estava assistindo Intercine.

Alex era um Apolo, um deus entre os homens de tão belo. Por isso, ser amigo dele era uma tarefa, no mínimo, hercúlea. Principalmente, antes de começar a namorar. Rodrigo tinha lá sua atração por mulheres, mas só saia e transava com elas pra ficar por perto de Alex, que as atraia como moscas ao mel. Mal conseguia se excitar com elas quando sabia que Alex estava no quarto ao lado, dando a elas, o prazer que ele queria. Por outro lado, desde que Alex conhecer Carla, as noites de orgia se acabaram, e as poucas oportunidades de ver Alex pelado e em plena forma, se extinguiram. Agora, tinha que se contentar em relembrar e fantasiar como seria estar com Alex. E o pior é que sabia que ser possuído por aquele homem seria a maior transa de sua história.

Então sua mente começou a vagar.

“Os vídeos... o irmão gay... a bebida. Talvez hoje possa rolar alguma coisa...” Não seria a primeira vez que usaria a fragilidade e a bebida de amigos héteros pra conseguir uma transa – e duvidava que um dia haveria a última. Algumas vezes nem precisou que o cara acordasse; abusou dele inconsciente mesmo. Tudo o que precisava era puxar suavemente e lençol e com cuidado tirar o pau de Alex pra fora. Daí, só precisaria de uma camisinha e um pouco de lubrificante, porque sabia Alex ficava excitado com qualquer toque; dormindo, não precisaria nem pensar que já estaria com o mastro levantado.

Com cuidado e ansiedade, ele se levantou, colocou a latinha de cerveja no chão e, suavemente puxou o lençol até os joelhos de Alex, deixando expostas aquelas coxas avantajadas e firmes de tanto futebol, a barriga toda dividida em gomos monstruosos, o peitoral estufado e os braços firmes como sequóias. A cueca slip, embora fosse G, parecia esmagar impiedosamente sua cintura e delineava com perfeição a mala que tinha entre as pernas. Alex era a afronta definitiva a qualquer gay, um poço de beleza infinita reservado apenas às mulheres.

Não aquela noite...

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